O País está a ser confrontado com o flagelo dos incêndios florestais, num ano negro ao nível das consequências, sobretudo, com a perda de vidas humanas.
Esta é uma situação que resulta da ausência de uma política de defesa e preservação da nossa floresta e de prevenção de incêndios.
A CGTP-IN considera inadmissível que o Estado gaste quatro vezes mais no combate aos incêndios, (cujo o custo previsto é de 74 milhões de euros), do que com a sua prevenção, (cerca de 20 milhões). Isto num quadro em que persiste o desordenamento e o mau estado da floresta Portuguesa, conjugados com a falta de investimento na prevenção e limpeza e a indefinição funcional relativamente aos organismos do estado responsáveis pela fiscalização e aplicação da lei.
Acresce ainda, que o Governo persiste em reduzir trabalhadores ao invés de reforçar o quadro de efectivos do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, que por estranho que pareça, na sua estrutura orgânica deixou de contar com um organismo específico responsável pelo acompanhamento da área dos “fogos florestais”, uma vez que estes passaram a ser integrados com as “doenças florestais”.
Assim, enquanto não se alterar a política de fundo, persistirão as situações dramáticas como as que têm vindo sistematicamente a assolar as Populações, a vitimar os Bombeiros e a empobrecer o País.
Face aos graves acidentes ocorridos, a CGTP-IN expressa a sua solidariedade para com os homens e mulheres que, por vezes com parcos meios ao seu dispor e pondo em risco a sua própria vida, continuam a dar o seu melhor, ao serviço nas corporações de Bombeiros, na defesa da floresta e dos bens das populações.
Neste sentido, a CGTP-IN endereça o seu profundo pesar às famílias e às corporações dos Bombeiros que perderam a vida no combate aos incêndios.
Lisboa, 27 de Agosto de 2013