A CGTP-IN divulga o Estudo elaborado no âmbito do Projecto “Conhecer para Intervir na Indústria” aprovado ao abrigo do Eixo 10 (Tipologia de intervenção 10.2 – Reforço da Capacitação Institucional dos Parceiros Institucionais) do Programa Operacional Potencial Humano (POPH), o qual integra o QREN.
Este Projecto decorreu entre Setembro de 2009 e o fim de Agosto de 2011. Teve como objectivo central a melhoria do conhecimento da realidade económica e do emprego nos sectores abrangidos pela Fiequimetal.
O Estudo está organizado em duas partes:
- Na primeira, analisa-se a indústria transformadora em Portugal e a política industrial: a indústria no contexto da globalização; a indústria e a política industrial na UE; a situação portuguesa: a evolução das indústrias transformadoras e a política industrial;
- Na segunda, desenvolve-se uma visão sectorial da política industrial e energética, com a análise de cada um dos nove sectores considerados, o que incluiu a indústria extrativa, as indústrias metalúrgicas e metalomecânicas, as indústrias químicas e a farmacêutica, a fabricação de equipamento eléctrico e de óptica, o sector automóvel (construção e reparação), a indústria naval e a energia.
Portugal precisa de relançar o sector produtivo
«Hoje é largamente reconhecida a justeza da firme oposição da CGTP-IN e das suas estruturas sectoriais, como a Fiequimetal, às políticas de destruição do tecido produtivo, que liquidaram ou reduziram drasticamente sectores estratégicos da indústria extractiva, das indústrias de base (metalurgia e química) e das indústrias transformadoras, produtoras de bens de equipamento, que se encontravam num patamar tecnológico bastante avançado, lançando no desemprego dezenas de milhar de trabalhadores qualificados.
Este abandono da indústria, conjuntamente com o da agricultura e das pescas, constitui a verdadeira causa do deficit produtivo que está na base do endividamento externo de Portugal e não qualquer espécie de peso excessivo dos salários e dos custos sociais, como os defensores do neo-liberalismo pretendem fazer crer.
Assim, do que Portugal precisa é do relançamento do sector produtivo, como única via segura para sair da situação em que se encontra, o que implica a adopção de uma política industrial, articulada com opções de política económica, que relance os sectores estratégicos, apoie as pequenas e médias empresas, eleve a qualificação dos trabalhadores, promova a estabilidade do emprego e uma justa distribuição da riqueza, condições essenciais para um desenvolvimento sustentado e para a salvaguarda da independência nacional.»