O aumento das dificuldades sentidas pelos trabalhadores, anda de braço dado com o aumento da exploração que as medidas do Governo PS não só não travam, como acentuam.
Nas alterações à legislação laboral, no denominado “Acordo para a melhoria dos rendimentos, salários e competitividade” e na proposta de Orçamento do Estado hoje apresentada, faltam as medidas que os trabalhadores exigem e o país precisa.
São razões acrescidas para participar e mobilizar para a luta que, no próximo dia 15 de Outubro, tem de encher as ruas de Lisboa e do Porto.
Neste Domingo, Governo, patronato e UGT assinaram um Acordo que só tem a melhoria dos rendimentos e dos salários no título e na propaganda. Esse Acordo significa a perda de poder de compra para 2023, como se não bastasse a ausência de resposta efectiva às dificuldades que temos já!
Ao mesmo tempo, as grandes empresas viram ser atribuídas mais verbas e benefícios fiscais, como se a desigualdade que marca a riqueza que acumulam nunca fosse suficiente!
Da parte da CGTP-IN, da parte dos trabalhadores, exigimos medidas imediatas, que dêem a resposta que precisamos todos os dias, exigimos a revogação das normas gravosas da legislação laboral que bloqueiam a contratação colectiva, travam a elevação dos salários e condicionam a melhoria dos direitos.
Exigimos 90€ já no salário de todos os trabalhadores e que o salário mínimo nacional passe para os 800€ no imediato.
Não nos resignamos, não aceitamos que sejam sempre os mesmos a perder. É por opção do Governo que aumentam os lucros do grande capital em tempo que é de crise para quem trabalha e trabalhou!
Com o Acordo o grande capital ganha a triplicar. Ganha na contenção dos salários; ganha nas medidas que lhe garantem milhões de euros; ganha na opção do Governo em deixar intocáveis os seus lucros. Ganha por acção e por omissão!
Faltam respostas também na proposta de Orçamento do Estado hoje apresentado.
A fixação do Governo pela redução do défice e da dívida (as chamadas contas certas) é o empobrecimento dos trabalhadores e dos pensionistas e reformados, é a precariedade que afecta todos e em particular os jovens, é a degradação das condições de trabalho de todos e em particular dos trabalhadores da Administração Pública, que desde 2009 já perderam em poder de compra o equivalente a três salários!
Um Orçamento que falha no reforço dos serviços públicos e funções sociais do Estado (como acontece com o serviço nacional de saúde).
Sabemos que não é através de Acordos subscritos pelos que mais têm, que não é por via de Orçamentos do Estado feitos à sua medida, que avançamos nos direitos.
A luta assume no actual contexto uma importância acrescida!
A CGTP-IN aqui está, comprometida com a defesa intransigente dos interesses e direitos de quem trabalha e trabalhou, para afirmar que há alternativa, que há esperança, que com confiança e o esclarecimento e mobilização dos trabalhadores, reformados e pensionistas, é possível um novo caminho de desenvolvimento e justiça social!
No próximo Sábado contamos contigo. No próximo Sábado, a força de quem trabalha e trabalhou manifesta-se nas ruas de Lisboa e no Porto. Participa e mobiliza!