Trabalho temporário aumenta. Precariedade não é futuro!

jovens precariosNo dia 3-07-2014 foi publicado um artigo a revelar aquilo que a INTERJOVEM/CGTP-IN tem vindo a denunciar há muitos anos:
“Em 2012 houve uma média diária de 80 mil pessoas em trabalho temporário, mais de 5% em relação a 2011”. Refere o mesmo artigo que, dos cerca de 80 mil trabalhadores, “60 mil tiveram salários de no máximo 600 euros mensais”, acrescentando que mais de 30% receberam o Salário Mínimo Nacional (SMN), 43% auferiram salários entre o SMN e os 600 euros e apenas 13% ganharam entre 600 e 750 euros, salários superiores a 1000 euros, terão recebido cerca de 3%.

A situação actual do país reflecte as consequências do ataque, sem precedentes, dos executores da política de direita que nos tem desgovernado ao longo destes 38 anos: tentativa de subversão da Constituição da República, de destruição da negociação e da contratação colectiva e dos direitos conquistados por gerações e gerações de trabalhadores. Um ataque rechaçado pela resistência e luta dos trabalhadores, jovens e menos jovens, que não desistem, não esquecem Abril nem os seus valores, (e recusam o regresso às praças de jorna do fascismo).
Um ataque que o actual governo do PSD/CDS-PP refina e intensifica para aumentar a exploração de quem trabalha, e, assim, mais depressa, garantir a acumulação e a concentração do lucro e da riqueza nas mãos do grande capital, à custa do empobrecimento generalizado.
As Empresas de Trabalho Temporário (ETT) servem para isso mesmo. É uma “dupla exploração”, negoceiam entre elas (empresas) o valor por cada trabalhador, a ETT fica com mais de metade do valor negociado e a empresa que recorre a esse serviço diz-se “sem responsabilidade” sobre o trabalhador. O trabalhador até trabalha no edifício da empresa, presta-lhe serviço, mas o vínculo contratual que tem é com a ETT.
No mesmo artigo, pode ler-se: “ No universo do trabalho temporário, que inclui 265 agências, a idade média está nos 33 anos, o vencimento médio está nos 582 euros e mais de metade dos contratos tem uma duração média inferior a três anos”, Aí está a evidência do nível de exploração do trabalho, principalmente dos mais jovens.
Tudo em prol do lucro: aumentam o desemprego, promovem e fazem proliferar a precariedade e a insegurança no emprego violam direitos, baixam salários e tentam dividir e isolar os trabalhadores.
HÁ QUE DIZER NÃO A ESTE CAMINHO SEM FUTURO!
É PRECISO LUTAR PELA DEMISSÃO DESTE GOVERNO E POR UMA REAL ALTERNATIVA POLÍTICA, DE ESQUERDA E SOBERANA, DE PROGRESSO E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL!
A INTERJOVEM/CGTP-IN apela a todos os jovens trabalhadores, que estejam em situação de precariedade, para que contactem os sindicatos da CGTP-IN, que se esclareçam sobre os seus vínculos de trabalho, sobre os seus direitos. Que nunca desistam de reivindicar e lutar por melhores condições de trabalho e de vida.
É por isso que apela, também, à sua participação na manifestação convocada pela CGTP-IN para o próximo dia 10 de Julho, em Lisboa (14H30- Marquês de Pombal e Cais do Sodré), contra o roubo dos direitos, salários e pensões. Em defesa da contratação colectiva.

PARTICIPA! É DO TEU PRESENTE E DO TEU FUTURO QUE SE TRATA!