A 11 de Outubro de 1970 realizava-se a primeira reunião intersindical, convocada, a 1 desse mês, por quatro direcções representativas e da confiança dos trabalhadores: caixeiros, lanifícios, metalúrgicos e bancários.
A censura, o horário de trabalho, a liberdade de reunião e a análise e estudo do Decreto-Lei n.º 49 212 (arbitragens, intervenção do Fundo de Desenvolvimento de Mão-de-Obra e homologação de convenções colectivas) foram os temas em discussão naquela reunião, convocada para a sede do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários do Distrito de Lisboa.
Daniel Cabrita e José Ernesto Cartaxo, em Contributos para a História do Movimento Operário e Sindical: das Raízes até 1977 (p. 127), referem-se assim a esta primeira reunião:
«Estiveram presentes 14 sindicatos: os 4 promotores da reunião e mais 10 dos sindicatos convidados (bancários de Coimbra, electricistas de Lisboa, escritórios de Lisboa, lanifícios de Castelo Branco, lanifícios da Guarda e Viseu, metalúrgicos do Porto, propaganda médica, seguros de Lisboa, viajantes e praça do Porto e o sindicato dos seguros do Porto, que se fez representar pelo seu congénere de Lisboa). Relativamente aos restantes convidados, a acta regista que os caixeiros do Porto e os bancários do Porto justificaram a ausência, respectivamente, por telefone e por telegrama, não tendo comparecido os sindicatos dos lanifícios do Porto, dos lanifícios de Castanheira de Pera e dos jornalistas, que, posteriormente, também vieram a justificar as suas ausências. A Mesa da reunião ficou constituída pelos dirigentes sindicais Daniel Cabrita, dos bancários, que presidiu, José Pinela, dos caixeiros, Carlos Alves, dos metalúrgicos, e Margarida Carvalho, dos lanifícios, em representação dos sindicatos promotores e, ainda, por Maria Odete Santos e Caiano Pereira, dirigentes, respectivamente, dos bancários e de uma das secções dos escritórios, que secretariaram, todos estes, dirigentes de sindicatos com sede no Distrito de Lisboa.»
A Exposição Comemorativa do 50.º Aniversário da CGTP-IN, patente ao público na praça Luís de Camões, em Lisboa, até 15 de Outubro de 2020, evoca este e outros momentos e acções marcantes da história da CGTP-IN e do movimento sindical português.