Assinalamos hoje, 28 de Junho, os 53 anos da revolta de Stonewall (E.U.A.). Uma revolta, considerada como o marco mais importante da luta pelos direitos LGBT, que veio dizer basta a uma repressão policial e legislativa inaceitável. Repressão essa (legislativa) que se pensava definitivamente ultrapassada e no entanto, ressurge agora (nos EUA) na forma de ameaça, num caminho de retrocesso civilizacional.
Num momento em que os dados mais recentes, publicados no “Estudo nacional sobre necessidades das pessoas LGBTI e sobre a discriminação em razão da orientação sexual e expressão de género e características sexuais” constatam a discriminação laboral, em especial para cerca de 20% das pessoas LGBTI+ que afirma se ter sentido “discriminada no seu local de trabalho, ou ao procurar emprego”, em Portugal. Percentagem que sobe, consideravelmente, para 37% e 38% quando os/as respondentes são pessoas intersexo e trans, respectivamente. Ou, ainda num passado recente, os resultados do Projecto ADIM, ao referirem que “7% das pessoas presenciou uma pessoa a não receber uma promoção, um aumento salarial ou a ser prejudicada profissionalmente de outra forma por ser LGBTI+ e 2% viu uma pessoa perder o seu trabalho por ser LGBTI+”.
A CGTP-IN, através do seu Departamento de Igualdade e Combate às Discriminações, evidenciando os seus princípios, desde logo o da Unidade, que reconhece, expressamente, a ausência de discriminação de orientação sexual, e tem como pressuposto “o reconhecimento da existência no seu seio da pluralidade do mundo laboral, o que não impede, antes exige, a defesa da unidade orgânica do movimento sindical como etapa superior de unidade na acção baseada em interesses de classe comuns e o combate de todas as acções tendentes à sua divisão”, não pode deixar de assinalar a data. Uma afirmação legítima, e essencial, enquanto organização sindical de classe que combate as desigualdades e discriminações e que tem orgulho na sua acção e em todos/as aqueles/as que representa.
DIF/CGTP-IN
28.06.2022