30 de Maio - Dia nacional de Protesto e Luta

 A grandiosa concentração de sábado passado, em Belém, constituiu uma das mais vibrantes e combativas jornadas de luta realizadas nos últimos anos.
Uma jornada de luta exaltante que evidenciou o alargamento da base de mobilização e o compromisso para a convergência na luta dos trabalhadores contra a exploração e o empobrecimento e que deu mais força ainda à realização, em 30 de Maio, do Dia de Protesto e Luta.
Neste dia 30 de Maio vamos demonstrar ao patronato e ao Governo, que os trabalhadores do sector privado e da Administração Pública não se resignam, nem desistem de lutar contra o roubo dos feriados e o combate ao trabalho gratuito, pelo aumento dos salários, pelo emprego e a defesa dos direitos laborais e sociais.


Considerando que dia 30 de Maio é dia de luta, com greves e outras acções diversificadas, pelos objectivos atrás referidos, mas tendo também em atenção a deliberação da Comissão Executiva da CGTP-IN em levar ao Conselho Nacional, na próxima sexta-feira, uma proposta de LUTA GERAL, em Junho, vários sectores de actividade já decidiram avançar para paralisações nas empresas em 30 de Maio, dia de Corpo de Deus, durante as quais vão ser realizados plenários para auscultar e mobilizar os trabalhadores no sentido de prosseguir, intensificar e alargar a luta em Junho, articulando as reivindicações específicas nas empresas e nos locais de trabalho, com a Luta Geral pela exigência da demissão do Governo, a marcação de eleições antecipadas, por uma alternativa política, de Esquerda.


Exemplos de empresas que no dia 30 de Maio vão realizam greves, paralisações/plenários, concentrações, etc.:


Metropolitano de Lisboa – Europac Embalagem (Albarraque; Marrazes e Guilhabreu – Olá Gelados – Frametal – Bruno Janz – Entreposto Lx – Renault Chelas – OGMA - Valorsul – Lisgráfica – Sorel – Mercedes – Europac – Epal – Postejo – CT Cobert Telhas – Abrigada – Raucshert – Cavan – Cerâmica da Foresta – Tivoli – Delphi – Securit – Parmalat – Siderurgia Nacional – Dominó/Cerâmica – SGSP - Carnes continente - Stal (C.M.Odivelas, Sintra e Loures) – CTT/Central Tratamento – CTT (Cais dos Soldados, Caxias, Évora) - Metalo-Nicho - Trabalhadores da Administração Local (Reguengos de Monsaraz; Vendas Novas, Vila Viçosa, Alandral, Arraiolos; Borba; Évora; Montemor-o-Novo; Mora; Portel; Redondo, Viana do Alentejo) - Acção Social da Universidade de Évora – KEMET - DHL/Exel de Alverca - El Corte Inglês – Aeroporto de Lisboa –- FABOR - Thyssen - Emef (Guifões e Entroncamento) - Câmara Municipal de Matosinhos - Moviflor (Porto)  - Cantinas do s Hospitais de Sto. Tirso e Prelado – Professores (acções de contacto nas escolas) - C.M.Lisboa - Cartejo - Aguas de Santarém  - FBP – Renoldi – Fundação Côa Parque – Hospital Sousa Martins(Guarda) – Contact Center (Seia) – Segurança Social (Guarda) – Acções da Interjovem no sector do Comércio Retalhista j(Chiado/Lisboa e Centro Comercial Colombo) – Intervenções nos Jumbos Almada, Setúbal, Dolce Vita Tejo  e Alfragide, Centro Comercial DVT, Cento Comercial Alegro, Pingo Doce (Fórum Sintra, Setúbal), Centro Comercial Fórum Sintra, Continente (Montijo, Moita) - Intervenções no sector de enfermagem nos hospitais (Barreiro, Setúbal, Almada) – Concentrações: na Baixa da Banheira (Mercado Sul e desfile), Alcácer do Sal (Largo da Feira e desfile para o Largo Município), Seixal (Serviços Centrais C.M.S. desfile na Marginal até Quinta da Fidalga), Pinhal Novo (junto à estação dos comboios), Setúbal (Praça Bocage, com Cordão Humano pela Luísa Todi até ao Largo Misericórdia), Almada (Praça São João Batista, com desfile até aos Paços do Concelho), Alhos Vedros (Agrupamento de escolas José Afonso), Grândola (Largo dos Correios), Santiago do Cacém (Auditório António Chainho).

SÓ COM A LUTA CONSEGUIMOS TER AUMENTOS SALARIAIS
Alguns exemplos de aumentos salariais alcançados directamente nas empresas, em resultados da acção sindical e das lutas reivindicativas dos trabalhadores nos locais de trabalho: Manufacturas Aéme (30 euros), Sede Ibéria (1,5%) – Key Plásticos (1.5%) – Shafler (30 euros) – Bollinghaus (1.5%) – Bourbon (2%) – Valis (50 euros) – Ribermolde (20 euros) – Tomé Feiteira (20 euros) – Stet (1.2%) – Farame (3%) – Continental Mabor (2.2%, prémio anual de 1000 euros, 15º mês) – Sidul (2%) – Kraft (1,7%, com mínimo de 13 euros) – Santos Barosa (2,8%) – Gallovidro (2,8%) – Saint Gobain Mondego (2,8%) – Amcor (2%) – CCT/Comércio Retalhista do distrito de Bragança (1,5%) - CCT/NORQUIFAR (2%) - Tesco (2% de aumento, subsídio de alimentação passou de 4,6 para 4,82 €, 15 trabalhadores temporários passaram para o quadro da empresa) - Camo (23 euros para todos os trabalhadores; mais rectificações nas categorias profissionais; mais ou menos 15 euros para aproximações de categorias) – Hutchinson (15 euros) - Laurel (atribuição de um décimo quinto mês; mais um euro no subsídio de alimentação) - Sakthi Portugal (A empresa compensou os trabalhadores em metade do valor que foram tributados com o aumento dos impostos) – Greif (30 euros) - Eugster Frismag (2,4%) - Kousagás (20 euros) – Renova (1,5%).