JORNADA NACIONAL DE LUTA | |
| A situação vivida no dia a dia nos locais de trabalho evidencia uma complexa, diversificada e grave ofensiva contra os trabalhadores. Afrontando duramente imensos aspectos da vida dos trabalhadores, o patronato ataca direitos, nega a negociação colectiva, isola trabalhadores, ameaça e chantageia para conseguir os seus objectivos, explora contradições contando com práticas governamentais inaceitáveis, que procuram colocar os trabalhadores uns contra os outros e com políticas velhas que o Governo actual teima em prosseguir. O desenvolvimento e a modernização do País não se consegue com estas políticas. A longa campanha, pretensamente moralizadora, contra os propalados privilégios, mais não é do que uma táctica para impor a regressão dos direitos e o aumento da exploração. O aumento da precariedade e o agravamento do desemprego, a diminuição real dos salários e o aumento acentuado do custo de vida, a deterioração do nível de vida da população e o crescente fosso de desigualdade social e de falta de coesão, são consequências das desastrosas opções políticas e económicas que têm sido seguidos pelos sucessivos governos. A sistemática invocação da crise e a subversão de valores leva ao surgimento de perspectivas individualistas para fazer face aos problemas. Os descontentamentos e revoltas que hoje se manifestam, justificam a mobilização colectiva. A ofensiva contra os trabalhadores é estratégica! O patronato e o Governo andam num frenesim constante para procurar conseguir o adormecimento dos trabalhadores, eliminar a sua resistência e fragilizar a acção dos sindicatos.
É preciso construir caminhos de futuro! As propostas da CGTP sobre a estratégia de desenvolvimento, sobre o Salário Mínimo Nacional, sobre a Segurança Social, sobre o subsídio de desemprego, sobre as custas judiciais e o apoio judiciário, sobre a revogação das normas gravosas do Código de Trabalho, são garantia do futuro e vale a pena lutar por elas! Por muito complexa que seja a situação vivida no País, ou pelas diferenças de análise que cada um tenha da realidade, os sacrifícios pedidos aos trabalhadores não podem deixar de indignar, pela persistência, pelo descaramento, pela injustiça, pela aposta perdida que representam!
A insistência nesta política não leva o país para o progresso necessário. Na verdade, os trabalhadores e o movimento sindical não se têm cansado de chamar a atenção para a injustiça reinante e de apontar os responsáveis. Esta situação e as políticas que lhe deram origem têm responsáveis: os sucessivos Governos e o patronato que, naturalmente, a comportarem-se como até agora, têm que ser responsabilizados pelas consequências que se adivinham. Desenvolver não é possível dando primazia absoluta à competitividade! Desenvolver é responder aos problemas do país e da sua população. Desenvolver não é aumentar os lucros das empresas e dos capitalistas em prejuízo dos trabalhadores e da população. O objectivo da competitividade e do crescimento só tem sentido se identificado e concretizado em factores de desenvolvimento humano e de bem-estar e em valores a eles associados. É NESTE QUADRO QUE OS TRABALHADORES PARTICIPANTES NA MANIFESTAÇÃO DE 10 DE NOVEMBRO, INTEGRADA NA JORNADA NACIONAL DE LUTA DA CGTP-IN, POR UMA NOVA POLÍTICA DECLARAM QUE
E DECIDEM:
10 de Novembro de 2005 |