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Comissão Sindical vai contestar despedimento coletivo no Hotel Nave

Comissão Sindical vai contestar despedimento coletivo no Hotel NaveO Hotel Nave, no Porto, está aberto há mais de 60 anos. Agora, a administração veio comunicar aos trabalhadores que é sua intenção promover o despedimento coleCtivo de todos os 17 trabalhadores e encerrar o hotel.

Para os trabalhadores não há duvidas: a empresa quer-se ver livre deles para fazer obras e não pagar salários enquanto estas decorrem, ou para vender o hotel, sem trabalhadores, para este valer mais.

Nos últimos oito anos, o setor viveu uma excelente situação económica e o Hotel Nave acompanhou este crescimento, com mais clientes, mais dormidas e mais receita. A pergunta que os trabalhadores e o sindicato fazem é: para onde foi o dinheiro destes anos todos?

Comunicado de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte:

HOTEL NAVE AVANÇA PARA DESPEDIMENTO COLETIVO DE 17 TRABALHADORES

A administração do Hotel Nave no Porto comunicou aos trabalhadores que é sua intenção promover o despedimento coletivo de todos os 17 trabalhadores e encerrar o hotel.

A empresa alega o estado de degradação elevado das instalações, que são necessárias obras e que os custos destas são elevadíssimos e a atual situação de pandemia que vivemos.

Ora, o setor viveu uma excelente situação económica durante 8 anos consecutivos, o Hotel Nave acompanhou estes crescimentos com mais clientes, mais dormidas e mais receita. A pergunta que os trabalhadores e o sindicato fazem é: para onde foi o dinheiro destes anos todos?

Por outro lado, a atual situação do setor provocada pelo Covid 19 não é motivo para despedir, pois a crise é temporária e circunstancial.

Na primeira reunião de informação e negociação os trabalhadores fizeram muitas perguntas, mas não obtiveram respostas.

O Hotel Nave está aberto há mais de 60 anos e os trabalhadores acham que o edifício vai continuar a ser usado para alojamento, com esta empresa ou outra.

Os trabalhadores têm a certeza que não há motivo para despedir, que o motivo alegado não é verdadeiro, que os lucros acumulados ao longo dos últimos 8 anos chegam e sobram para fazer as obras de remodelação que o hotel precisa, mas mesmo que assim não fosse, a empresa pode recorrer a fundos comunitários para melhorar a oferta turística. Além disso, a empresa tem património, tem um edifício com 22 apartamentos que não usa há vários anos e estão devolutos e tem um terreno que pode vender para fazer as obras no hotel.

Para os trabalhadores não há duvidas: a empresa quer se ver livre dos trabalhadores para fazer as obras e não pagar salários enquanto estas decorrem ou para vender o hotel sem trabalhadores que é para este valer mais.

Assim, nesta primeira reunião de negociações, a Comissão Sindical manifestou-se contra o despedimento coletivo e pediu a sua suspensão, o que não foi aceite pela empresa. Então a Comissão Sindical requereu os Relatórios e Contas da empresa, os Relatórios Únicos e a Informação Empresaria Simplificada dos últimos três anos para aprofundar o seu estudo sobre a empresa e contestar o despedimento em curso